sábado, 7 de fevereiro de 2009

a Kristyn entrou chorosa no meu escritorio, era quita ou sexta – jah nem lembro. me conta assim entre um soluco e outro: um primo, o mais novo, um acidente. fiquei ali parada, a boca meio aberta, um soluco no meio do caminho. um primo. um acidente. tudo de novo nas fracoes de segundos.
ela nao sabe que aquelas lagrimas que eu derramei junto com ela foram por mim tambem, pela minha familia. ela nao sabe que naquele abraco quem buscava amparo era eu, mesmo parecendo que eu a amparava. ela nao sabe quantas vezes o filme rodou de novo na minha cabeca – ela nao sabe. ela nao sentiu a dor na minha gargante de segurar o choro, porque eu tinha mais lagrima pra derramar. ela nao sabe que eu sumi o resto do tempo, que o relatorio que esta quase no prazo foi soh a desculpa, ateh a hora em que ela foi viajar porque era dificil encara-la, porque tinha um filme que eu jah assisti rodando na minha cabeca sem intervalo pr’eu respirar. nao, ela nao sabe. mas eu sei.

Nenhum comentário:

Postar um comentário