quarta-feira, 18 de março de 2009

na casa nova, quase jah arrumada a gosto, uma tarde de ócio. boa poesia, boa musica e felicidade entrando pela janela como raios de sol, que entram de um por um, feixes e mais feixes de luz, paz e alegria.
adelia prado habita comigo. eh, de longe, uma das minhas preferidas - presente das minhas minas gerais, terra das montanhas, de marly, de comida gostosa e gente do bem. eu aqui, suspirando de alegria por ter vivido anos muitos nos mares de morros e adelia a sussurrar no meu ouvido:

O amor no éter
Adelia Prado
Há dentro de mim uma paisagem
entre meio-dia e duas horas da tarde.
Aves pernaltas, os bicos mergulhados na agua,
entram e não neste lugar de memoria,
uma lagoa rasa com canicos na margem.
Habito nele, quando os desejos do corpo,
a metafisica, exclamam:
como és bonito!
Quero escavar-te ate' encontrar
onde segregas tanto sentimento.
Pensas em mim, teu meio-riso secreto
atravessa mar e montanha,
me sobressalta em arrepios,
o amor sobre o natural.
O corpo e' leve como a alma,
os minerais voam como borboletas.
Tudo deste lugar
entre meio-dia e duas horas da tarde.

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