quarta-feira, 3 de agosto de 2011

novos ventos

fortaleza não é o pior lugar do mundo, muito menos é uma cidade ruim de se viver. é, simplesmente, um lugar onde não me sinto completamente em casa, onde eu não me encaixo perfeitamente. apesar de ser o lugar de diversas das minhas memórias afetivas, sobretudo aquelas ligadas à família. talvez por isso, passar uns dias fora de fortaleza me fez um bem grande. foi importante, naquele momento, experimentar um pouco do brasil que não é fortaleza, não é ceará. que ainda tem diversos dos problemas e questões que me afligem aqui, mas que também conta diferenças acalentadoras. observar um pouco do brasil fora daqui me fez voltar com uma sensação boa de que há pra onde fugir na hora em que eu estiver pronta. agora, ainda não é a hora.
voltei com uma sensação muito forte de que, em algum momento, quando eu menos esperar, um caminho se apresentará e eu só precisarei segui-lo. esse é um tema recorrente em minha vida: lutar, batalhar, ir atrás com todas as forças de algo que não aparece, que não acontece, que não se materializa. e, assim como num passe de mágica, no momento em que eu relaxo, em que a tranquilidade finalmente chega a mim, algo que eu nem ousei desejar de tão bom aparece, se concretiza, materializa e eu ganho um caminho a seguir. (porque eu gosto de seguir na vida por caminhos.) tenho aprendido a ouvir minha voz interna, seguir minhas intuições. entrego-me então a essa intuição de que tudo vai se resolver, que o caminho vai aparecer e que tudo volta pro eixo em algum momento, mais cedo ou mais tarde.
enquanto isso, saboreio a vida perto do mar, do vento do mar, da maresia que gruda no chão de casa, nas roupas secando no varal, em cima da geladeira. aproveito o sol do trópico em banhos de mar matinais e a brisa fresca em caminhadas noturnas. voltei a cozinhar - pra mim e pros meus. e isso só pode ser sinal de que bons, novos ventos soprarão por aqui.

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