terça-feira, 18 de janeiro de 2011

regresso

E há momentos que são quase esquecimento
Numa doçura imensa de regresso.
A minha pátria é onde o vento passa,
A minha amada é onde os roseirais dão flor,
O meu desejo é o rastro que ficou das aves
E nunca acordo deste sonho e nunca durmo.

Sophia de Mello Breyner

*****************

numa noite cálida, a cinco graus de latitudo Sul, ele me fez uma promessa pro futuro.
não, eu disse. muito obrigada, mas não, eu não aceito. ando querendo promessas para o presente, cansada do futuro que não chega nunca. basta já a felicidade, promessa que diz haver o dia de chegar e, entretanto, conjugada por aqui quase sempre no passado. contento-me com ela. ter um só esperar já me é suficiente.

Nenhum comentário:

Postar um comentário