quarta-feira, 17 de junho de 2009

linhagem

eu descendo de mulheres fortes. tao fortes que, as vezes, sao duras demais e me assustam. mas gosto, me orgulho de ter em mim tracos daquelas mulheres de forca, de coragem, de decisoes surpreendentes. muitas delas conseguem ser fortes com uma docura imensa, o que me faz admira-las ainda mais. nao tenho essa docura toda em mim, sou peh-no-chao demais, franca demais, objetiva demais.
vinda dessa linhagem, minha geracao se constituiu tambem com mulheres fortes. nossos tracos se mostraram com clareza enorme desde muito cedo, dava pra ver nas brincadeiras e nas brigas da infancia, deu pra ver na rebeldia da adolescencia, da pra ver claramente hoje, que somos todas adultas. sou feliz por pertencer a esse time de mulheres de genio forte e opinioes definidas, que, no meio de tantos superlativos, conseguem se amar e se respeitar.
tenho pensado muito na minha familia. na heranca e no legado dos meus antepassados, sobretudo nas mulheres que nasceram antes de mim. minha vida familiar foi marcada pela distancia: minha mae saiu de perto pra se afirmar como individuo e nunca mais voltou. eu - que nunca tive problemas em me afirmar, perto ou longe, sou eu mesma - ironicamente tambem sai de perto. agora, sinto vontade de voltar pro ninho. quero a convivencia com seus problemas, com o peso que isso pode trazer, mas tambem com a leveza que isso tem.

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