E há momentos que são quase esquecimento
Numa doçura imensa de regresso.
A minha pátria é onde o vento passa,
A minha amada é onde os roseirais dão flor,
O meu desejo é o rastro que ficou das aves
E nunca acordo deste sonho e nunca durmo.
Sophia de Mello Breyner
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numa noite cálida, a cinco graus de latitudo Sul, ele me fez uma promessa pro futuro.
não, eu disse. muito obrigada, mas não, eu não aceito. ando querendo promessas para o presente, cansada do futuro que não chega nunca. basta já a felicidade, promessa que diz haver o dia de chegar e, entretanto, conjugada por aqui quase sempre no passado. contento-me com ela. ter um só esperar já me é suficiente.
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