ha muitos dias, uma ideia nasceu dentro de mim. eh soh empolgacao, pensei. nao dei bola, fiz alguns comentarios com pessoas, mas ateh pra mim mesma era dificil imaginar a dita ideia como uma ideia forte, definitiva, duradoura. pensava que, ao retornar pra minha rotina, pra minha vida de todo dia de que eu gosto tanto, o mundo todo voltava pro lugar de onde nao deveria nunca sair, sem ideias subversivas a me corroer as entranhas. nao aconteceu conforme o planejado, mostrando-me mais uma vez que eu tenho soh a ilusao do controle.
tenho aprendido, a penas as vezes muito duras, que a vida eh curta demais. que ha muito mais entre o ceu e a terra do que sonha a minha va filosofia, eu jah sei faz tempo. mas isso nunca foi tao real como agora. e assim a ideia nasceu, cresceu, ganhou corpo e forma e tem ocupado todos os espacos vazios e mais alguns nao tao vazios assim. pensei outro dia na ideia e quase perdi o fio da meada da aula... nao tem biologia que segure minha mente quando ela vai a mil por hora.
pra alguem, como eu, que gosta de tudo no seu devido lugar, que gosta (ateh demais) de manter o controle da situacao, esses ultimos dias tem sido dificeis. o sol nasce e vai embora no lado oposto do horizonte e nao acho uma resposta definitiva pra essa pergunta.
soh mesmo a minha feh de que tudo vai chegar no seu devido lugar ao seu tempo pra me sustentar. afinal de contas, como minha mae repete desde que eu me entendo por gente: nao ha nada como um dia apos o outro.
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recebi, ainda agora, um email falando de saudade, de amor, de vontade de sentar na beira-mar e conversar... no polivalente, muita saudade e o significado de 'familia' expresso em palavras bem escolhidas e com uma clareza dificil de comparar. eh, soh familia diz certas coisas. eh esse amor todo que transita entre nos que me segura.
terça-feira, 23 de junho de 2009
quarta-feira, 17 de junho de 2009
linhagem
eu descendo de mulheres fortes. tao fortes que, as vezes, sao duras demais e me assustam. mas gosto, me orgulho de ter em mim tracos daquelas mulheres de forca, de coragem, de decisoes surpreendentes. muitas delas conseguem ser fortes com uma docura imensa, o que me faz admira-las ainda mais. nao tenho essa docura toda em mim, sou peh-no-chao demais, franca demais, objetiva demais.
vinda dessa linhagem, minha geracao se constituiu tambem com mulheres fortes. nossos tracos se mostraram com clareza enorme desde muito cedo, dava pra ver nas brincadeiras e nas brigas da infancia, deu pra ver na rebeldia da adolescencia, da pra ver claramente hoje, que somos todas adultas. sou feliz por pertencer a esse time de mulheres de genio forte e opinioes definidas, que, no meio de tantos superlativos, conseguem se amar e se respeitar.
tenho pensado muito na minha familia. na heranca e no legado dos meus antepassados, sobretudo nas mulheres que nasceram antes de mim. minha vida familiar foi marcada pela distancia: minha mae saiu de perto pra se afirmar como individuo e nunca mais voltou. eu - que nunca tive problemas em me afirmar, perto ou longe, sou eu mesma - ironicamente tambem sai de perto. agora, sinto vontade de voltar pro ninho. quero a convivencia com seus problemas, com o peso que isso pode trazer, mas tambem com a leveza que isso tem.
vinda dessa linhagem, minha geracao se constituiu tambem com mulheres fortes. nossos tracos se mostraram com clareza enorme desde muito cedo, dava pra ver nas brincadeiras e nas brigas da infancia, deu pra ver na rebeldia da adolescencia, da pra ver claramente hoje, que somos todas adultas. sou feliz por pertencer a esse time de mulheres de genio forte e opinioes definidas, que, no meio de tantos superlativos, conseguem se amar e se respeitar.
tenho pensado muito na minha familia. na heranca e no legado dos meus antepassados, sobretudo nas mulheres que nasceram antes de mim. minha vida familiar foi marcada pela distancia: minha mae saiu de perto pra se afirmar como individuo e nunca mais voltou. eu - que nunca tive problemas em me afirmar, perto ou longe, sou eu mesma - ironicamente tambem sai de perto. agora, sinto vontade de voltar pro ninho. quero a convivencia com seus problemas, com o peso que isso pode trazer, mas tambem com a leveza que isso tem.
quinta-feira, 11 de junho de 2009
to chegando
aqui ainda eh casa. to chegando devagar, depois de tres semanas e muita coisa vivida, pensada, vista. aqui nao tem ninguem pra colocar mais agua no feijao porque eu to chegando, nao tem rostos risonhos me esperando no aeroporto. o oficial da alfandega diz: welcome home, ma'am. e eh bom, como sempre, ouvir isso. aqui, nao importa o que aconteca, vai ser sempre a minha casa - tambem.
mas me faltam alguns pedacos aqui. esses pedacos faltantes me pesam agora no equilibrio deslocado, que faz o corpo pender pro lado, penso em cair, paro, respiro. sigo em frente. a frase que me vem a mente me diz assim que tudo tem o seu tempo certo, que, de alguma forma tudo vai chegar no seu lugar devido. ninguem nunca morreu de pedaco faltante, eu certamente nao serei a primeira.
o peso dos pedacos que ficaram ao sul da linha do equador, que de uma hora pra outra cresceu de escala, me faz enxergar que eh hora de parar pra pensar no que pode estar por vir. eh preciso tomar um decisao quanto ao rumo, mesmo que seja pra decidir que nao devo mudar o rumo. de alguma forma, tudo vai mesmo chegar no seu devido lugar. esse barco, algum dia, ha de aportar em algum lugar seguro.
boston me recebeu nesse quase meio de junho com chuva, 14 graus e o seu peculiar vento frio. no onibus pra rodoviaria onde esteve estacionado o meu carro nos ultimos 20 e poucos dias, olho ao meu redor e eh tudo diferente. ainda assim, to chegando.
mas me faltam alguns pedacos aqui. esses pedacos faltantes me pesam agora no equilibrio deslocado, que faz o corpo pender pro lado, penso em cair, paro, respiro. sigo em frente. a frase que me vem a mente me diz assim que tudo tem o seu tempo certo, que, de alguma forma tudo vai chegar no seu lugar devido. ninguem nunca morreu de pedaco faltante, eu certamente nao serei a primeira.
o peso dos pedacos que ficaram ao sul da linha do equador, que de uma hora pra outra cresceu de escala, me faz enxergar que eh hora de parar pra pensar no que pode estar por vir. eh preciso tomar um decisao quanto ao rumo, mesmo que seja pra decidir que nao devo mudar o rumo. de alguma forma, tudo vai mesmo chegar no seu devido lugar. esse barco, algum dia, ha de aportar em algum lugar seguro.
boston me recebeu nesse quase meio de junho com chuva, 14 graus e o seu peculiar vento frio. no onibus pra rodoviaria onde esteve estacionado o meu carro nos ultimos 20 e poucos dias, olho ao meu redor e eh tudo diferente. ainda assim, to chegando.
terça-feira, 19 de maio de 2009
vou dar a volta no mundo
e volto jah!
nas minas gerais, marly prepara a melhor canjiquinha, a melhor feijoada, o melhor arroz com sua (tem til no "a", mas meu teclado nao permite...), a melhor vaca atolada, o melhor de tudo em culinaria mineira. poucos sao os que cozinham como marly cozinha. poucas sao as cervejas tao geladas como a que marly cuidadosamente arruma na geladeira, na hora certa, pra ela ficar no ponto. mas nem de longe isso eh o melhor. o melhor daquela casa, encravada num belo vale mineiro, eh a forca de marly, que agrega todos ao seu redor, com todas as maluquices que lhes sao tao peculiares, com todo aquele amor, que nos envolve a todos, aquece o ambiente. vou ouvir a risada dela a preencher os espacos todos, eh ela que vai me acordar de manha, o pao de queijo no forno, o cafe passadinho, com meu pingo de leite, que ela sabe direitinho do que eu gosto. de noite, nos vamos sentar perto do forno no frio brando do outono das gerais, e vamos ouvir musica e cantar, falar de guimaraes rosa, adelia prado, drummond. ali bem naquela casa, tenho uma familia, a despeito da ausencia dos genes comuns. ali, mais que padrinho e madrinha, tenho um pai, uma mae. ali construi, forjei raizes.
depois tem fortaleza. onde o sol brilha quente mesmo quando chove. onde pequenos me chamam de tia mari, de dindinha, pra me fazer viver de alegria. onde dona zelinda completa 90 anos, com os olhos mais transparentes que eu jah vi na vida. onde eu sou neta, sou filha, sou irma. fortaleza eh porto, onde atraco meu barco pra recuperar forcas. pra passar a tarde inteira na casa da rita - ali naquele apartamento do papicu, onde o vento corre livre do mar ateh o parque do cocoh, tambem tenho uma familia, faco parte. pra passar dias preciosos na fazenda logradouro, na quixada dos monolitos - ali tambem faco parte. fortaleza eh ponto de partida, eh meu norte, embora eu tenha sentido cedo que ali nao pararia. de fortaleza, parto pro mundo. ali, estao raizes, essencia, origem - estar lah reforca em mim o que sou, quem eu sou. fortaleza eh necessidade.
antes de voltar pro canto do mundo que eu escolhi chamar de casa, ainda paro em brasilia, pra completar o brasil dos meus amores. poderia viver sem a terra, sem os cheiros, sem as comidas, sem os sons... gosto disso tudo, mas isso raramente me faz falta. o que me faz falta de verdade sao os meus amores; eh pra eles, e por eles, que eu viajo.
nas minas gerais, marly prepara a melhor canjiquinha, a melhor feijoada, o melhor arroz com sua (tem til no "a", mas meu teclado nao permite...), a melhor vaca atolada, o melhor de tudo em culinaria mineira. poucos sao os que cozinham como marly cozinha. poucas sao as cervejas tao geladas como a que marly cuidadosamente arruma na geladeira, na hora certa, pra ela ficar no ponto. mas nem de longe isso eh o melhor. o melhor daquela casa, encravada num belo vale mineiro, eh a forca de marly, que agrega todos ao seu redor, com todas as maluquices que lhes sao tao peculiares, com todo aquele amor, que nos envolve a todos, aquece o ambiente. vou ouvir a risada dela a preencher os espacos todos, eh ela que vai me acordar de manha, o pao de queijo no forno, o cafe passadinho, com meu pingo de leite, que ela sabe direitinho do que eu gosto. de noite, nos vamos sentar perto do forno no frio brando do outono das gerais, e vamos ouvir musica e cantar, falar de guimaraes rosa, adelia prado, drummond. ali bem naquela casa, tenho uma familia, a despeito da ausencia dos genes comuns. ali, mais que padrinho e madrinha, tenho um pai, uma mae. ali construi, forjei raizes.
depois tem fortaleza. onde o sol brilha quente mesmo quando chove. onde pequenos me chamam de tia mari, de dindinha, pra me fazer viver de alegria. onde dona zelinda completa 90 anos, com os olhos mais transparentes que eu jah vi na vida. onde eu sou neta, sou filha, sou irma. fortaleza eh porto, onde atraco meu barco pra recuperar forcas. pra passar a tarde inteira na casa da rita - ali naquele apartamento do papicu, onde o vento corre livre do mar ateh o parque do cocoh, tambem tenho uma familia, faco parte. pra passar dias preciosos na fazenda logradouro, na quixada dos monolitos - ali tambem faco parte. fortaleza eh ponto de partida, eh meu norte, embora eu tenha sentido cedo que ali nao pararia. de fortaleza, parto pro mundo. ali, estao raizes, essencia, origem - estar lah reforca em mim o que sou, quem eu sou. fortaleza eh necessidade.
antes de voltar pro canto do mundo que eu escolhi chamar de casa, ainda paro em brasilia, pra completar o brasil dos meus amores. poderia viver sem a terra, sem os cheiros, sem as comidas, sem os sons... gosto disso tudo, mas isso raramente me faz falta. o que me faz falta de verdade sao os meus amores; eh pra eles, e por eles, que eu viajo.
terça-feira, 12 de maio de 2009
ando piegas, sentimental, touchy-feely. minhas musicas preferidas tem sido boleros... maria bethania cantando roberto carlos tambem tem estado no topo da minha parada de sucesso! me emocionei outro dia ouvindo ela cantar 'outra vez', quase borrei o rimmel do olho indo pro trabalho logo de manha cedo. nunca mais ouvi o noticiario da npr - as favas com a guerra do iraque, o preco dos imoveis e a reforma do sistema de saude! ando querendo mais ouvir musica, cantar junto e me emocionar. minha familia, a de sangue e a que escolhi ao longo do caminho da vida, me cerca de amor, de cuidados e atencoes. minha colecao de sobrinhos cresce - como titi mari ou tia mari, eu me realizo . essa semana, ganhei mais uma sobrinha. essa vai se chamar mariana como eu e, nem nasceu, jah me enche de felicidade. brusk, vc tem toda razao quando diz que sobrinho eh uma coisa sem explicacao.
quinta-feira, 7 de maio de 2009
amor por correspondencia
e-mail numero 1:
TUDU BEM TIA MARI? EU NAO CONCIGO ESPERAR ATE VOCE VINHER PARA CA. NOIS VAMOS SE DIVERTIR MUITO. VOCE LEMBRA DA LITTLE MOMMY? ESTOU SETINDO MUITA SALDADE DE VOCE. TE AMO MUITO.
e-mail numero 2:
Tia Mari, eu te amo. Eu nunca vou te esquecer.Eu sempre quero você aqui, mas eu ainda vou nunca te esquecer porque eu sempre vou te amar. E também eu te amo muito. E você tá sempre no meu coração. E todo dia eu sempre levanto da cama e vou direto para lembrar de você.Tia Mari, eu brinquei muito mas também eu brinquei lembrando de você porque todo dia eu lembro de você. E eu nunca vou no pátio sem você no meu coração porque eu se diverti muito e também eu fiquei com muitas coisas mais com você e eu aqui nessa semana. Porque eu não vou ir passear sem você. E eu sempre quero você aqui pertinho de mim. E também eu amo muito você e eu já fui muitas vezes com a mamãe e o papai no trampolim do Náutico. É muito divertido. Eu brinquei muito. Eu tenho muitos amigos, menos você. E eu nunca quero você longe de mim.Tia Mari, eu também sei muitas coisa mais. Porque eu nunca vou pro carnaval sem você pertinho de mim.Um beijo, tchau tia Mari. Eu te vejo na outra semana.
quando elas foram embora daqui, me disseram: elas sao tao pequenas, vao esquecer de voce depois de algum tempo. e me olharam com um olhar de pena, depois da sentenca declarada. como se jah nao bastasse eu lidar com a mudanca deles, a consequente mudanca na minha vida, a saudade, a falta. nunca disse nada a ninguem, mas confiava secretamente no laco de amor que nos unia entao, que nos une hoje, que ultrapassa barreiras, logica, que nao cabe em palavras. aih estao os emails: da vontade espontanea da mais velha, que, com saudade, escreve ela propria uma mensagem pra tia mari. erros de portugues mais lindos, a saudade, a ansiedade do reencontro que se aproxima. e do ciume da pequena, que tambem quer escrever pra tia mari, que dita pro pai a mensagem do seu proprio jeito.
a tia mari vai dormir feliz, cercada pelo amor das pequenas, sonhando com os abracos de maio, com a mistura de amor, boneca little mommy, saudade e o trampolim do nautico!
TUDU BEM TIA MARI? EU NAO CONCIGO ESPERAR ATE VOCE VINHER PARA CA. NOIS VAMOS SE DIVERTIR MUITO. VOCE LEMBRA DA LITTLE MOMMY? ESTOU SETINDO MUITA SALDADE DE VOCE. TE AMO MUITO.
e-mail numero 2:
Tia Mari, eu te amo. Eu nunca vou te esquecer.Eu sempre quero você aqui, mas eu ainda vou nunca te esquecer porque eu sempre vou te amar. E também eu te amo muito. E você tá sempre no meu coração. E todo dia eu sempre levanto da cama e vou direto para lembrar de você.Tia Mari, eu brinquei muito mas também eu brinquei lembrando de você porque todo dia eu lembro de você. E eu nunca vou no pátio sem você no meu coração porque eu se diverti muito e também eu fiquei com muitas coisas mais com você e eu aqui nessa semana. Porque eu não vou ir passear sem você. E eu sempre quero você aqui pertinho de mim. E também eu amo muito você e eu já fui muitas vezes com a mamãe e o papai no trampolim do Náutico. É muito divertido. Eu brinquei muito. Eu tenho muitos amigos, menos você. E eu nunca quero você longe de mim.Tia Mari, eu também sei muitas coisa mais. Porque eu nunca vou pro carnaval sem você pertinho de mim.Um beijo, tchau tia Mari. Eu te vejo na outra semana.
quando elas foram embora daqui, me disseram: elas sao tao pequenas, vao esquecer de voce depois de algum tempo. e me olharam com um olhar de pena, depois da sentenca declarada. como se jah nao bastasse eu lidar com a mudanca deles, a consequente mudanca na minha vida, a saudade, a falta. nunca disse nada a ninguem, mas confiava secretamente no laco de amor que nos unia entao, que nos une hoje, que ultrapassa barreiras, logica, que nao cabe em palavras. aih estao os emails: da vontade espontanea da mais velha, que, com saudade, escreve ela propria uma mensagem pra tia mari. erros de portugues mais lindos, a saudade, a ansiedade do reencontro que se aproxima. e do ciume da pequena, que tambem quer escrever pra tia mari, que dita pro pai a mensagem do seu proprio jeito.
a tia mari vai dormir feliz, cercada pelo amor das pequenas, sonhando com os abracos de maio, com a mistura de amor, boneca little mommy, saudade e o trampolim do nautico!
segunda-feira, 4 de maio de 2009
Cantiga triste
Toada
Cantiga triste, pode com ela
eh quem nao perdeu a alegria
Adelia Prado
tem um primavera todinha desabrochando ao meu redor. os daffodils, minhas flores preferidas, jah estao ficando com cara de velhos, sinal de que a primavera jah se instalou faz tempo. jah tem tulipas, tem flores de todas as cores cobrindo a copa de todas as arvores. tem abelhas, moscas, besouros. faz dias que uma joaninha caminha pra lah e pra cah na minha janela.
apesar desse explodir da vida ao meu redor, apesar de tantas cores, apesar do verde que volta depois do inverno quase monocromatico, nao tenho tido olhos pra apreciar, nem espirito pra seguir. andei cantando cantiga triste, meus ultimos escritos foram todos tristes, meus pensamentos vinham numa nuvem cinza escuro, a rondar minha cabeca e me impedir de ver o sol.
eu posso com isso. porque pertenco a estirpe dos que nao perdem a alegria. e, por isso, posso me dar ao luxo de cantar cantigas tristes. faz jah algum tempo que aprendi que quando vem tristeza, com ou sem motivo, preciso deixa-la entrar, preciso senti-la. ela vai-se um dia, mais cedo ou mais tarde. tristeza nenhuma faz parte de mim, apesar de carregar algumas dores que nao tem jeito, umas saudades que nao vao passar.
hoje, voltando pra casa, ouvindo maria bethania cantar como soh ela pode uma oracao pra nossa senhora das candeias, fui invadida por uma sensacao de bem-estar. adivinhava o que estava por vir. a mila disse alo ao telefone e, impressionada com o fato de que estava pra me ligar quando o telefone tocou, me deu com a voz doce que soh as irmas conseguem ter, as boas noticias.
aviso aos navegantes: a partir de hoje, canto cantigas alegres novamente!
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